COMUNICAÇÃO EM PÚBLICO

 

A partir de hoje veremos, semanalmente, algumas informações sobre a arte de falar em público. São textos que utilizo nos cursos e que têm ajudado muita gente a melhorar sua performance quando colocados em prática.

São conhecidas e naturais a sensação de “frio no estômago” e “tremura nas pernas” que antecedem  o momento de início de uma fala em público.

A sensação de desconforto que se apodera do palestrista é geralmente em função da imagem que ele faz de si mesmo, ou seja, não se acha bom o bastante. Um bom preparo é fundamental para o aumento da confiança em si mesmo. Se for pego de surpresa e não houver como se preparar, para evitar constrangimento, negue-se a falar sobre o que não conhece, isso é um desrespeito ao público e a você mesmo.

PARTES DO DISCURSO

Toda pessoa que discorre sobre determinado tema deve considerar  três partes : Introdução, desenvolvimento do tema e conclusão.

Introdução:  A introdução consiste praticamente na apresentação do tema que será desenvolvido. Deve ser breve, prender a atenção dos ouvintes e causar impacto para mantê-los atentos. Jamais se inicia uma palestra pedindo desculpas ou dizendo que não está preparado. Quem não está preparado não se apresenta. É uma questão de respeito ao público.

Existem várias formas de se iniciar um discurso: notícias atuais, frase filosófica, metáfora, história, passagem bíblica, pergunta ou outra forma. Aqui o fundamental é prender a atenção do público, portanto, provoque a curiosidade, se começar com pergunta que seja instigante, leve o público a querer ouvi-lo. No caso de iniciar com uma pergunta, o ideal é fazê-la a si mesmo, pois ao iniciar com uma pergunta ao público, o instrutor corre o risco de obter uma resposta inesperada e não saber o que fazer com ela,  considerando que os primeiros cinco minutos são os mais difíceis, o melhor e evitar situações indesejáveis.

É importante iniciar um discurso  com algo que a plateia concorde, é mais efetivo do que criar resistência no público lançando já de início, uma questão com a qual ele discorde e da qual o palestrista quer convencê-lo no decorrer da palestra.

 Desenvolvimento do tema: É aqui que se desenvolve a essência da questão.

No desenvolvimento estão os argumentos, as informações necessárias para se atingir o objetivo proposto. É no corpo do discurso que o instrutor investe 90% do tempo.

Depois de pronto o texto, deve ser lido e corrigido até que autor esteja satisfeito com o resultado. Deve se analisar se a forma é coloquial, ou seja, se está em tom de conversa. É importante questionar também que perguntas o público poderá fazer e se preparar para respondê-las; analisar se domina bem todo o assunto ou se é necessário se preparar melhor. Uma vez pronto o desenvolvimento do tema parte-se para a conclusão ou síntese.

Conclusão ou síntese:

Se você fez uma boa apresentação, faça uma conclusão excelente.

 A conclusão é o fecho, é uma síntese do que foi dito, É na conclusão que o apresentador deve responder a pergunta do público:  “O que isso tem a ver conosco”?  É o momento de solicitar que contribuam, apoiem, votem, aplicam, enfim, percebam que atitude tomar frente ao que foi exposto . Deve estar relacionada com a abertura.


Elementos essenciais para o feedback efetivo

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M.A.R.C.A Estas letras são iniciais dos palavras que representam os elementos essenciais  para que o feedback dê resultado e correspondem a:

Momento,

Ação,

Reação,

Conseqüência,

Alternativa.

 

Momento:

Especifique bem o momento do qual você está falando. O seu comentário refere-se a algo que ele fez hoje ontem, semana passado, na reunião, na conversa com alguém, no manusear a máquina, em fim, quando aconteceu a ação, ele precisa ter clareza de que ação você está falando. Se ele cometeu várias vezes é importante citar quais.

 

Ação:

O que foi que ele fez e não como você interpreta. Fala da ação dele não do que você acha.  Em vez de dizer você foi rude, dizer: Observei que seu tom de voz estava muito alto e você se aproximou e colocou o dedo na “cara”  dele.

 

Reação:

Mostrar o impacto que a ação causa aos outros. Às vezes continua-se fazendo ou deixando de fazer, porque não tem noção desse impacto.  Por exemplo: Você percebeu que depois disso as pessoas saíram da sala e a reunião terminou sem definição?

 

 

 

Conseqüência:

Mostrar o quanto isso pode ser prejudicial pra ele, se as pessoas reagem de forma negativa, que conseqüência isso tem para as metas, projetos e carreira dele.

 

Alternativa:

Esse passo é o alvo, o feedback todo existe para se chegar aqui, onde possíveis alternativas são geradas para que o subordinado teste novas ações, buscando resultados mais efetivos.

Falou-se de uma ação que não deu certo, e agora se fala de possíveis ações alternativas.

Ex: Diante do que conversamos o que você pretende fazer diferente?  Que outra ação, abordagem, comportamento você pretende ter?

 

4-Positivo Final:

Aqui é mostrar sua intenção, por exemplo: Acredito que isso possa ajudar você a vender mais ainda, a desenvolver mais ainda sua liderança, a se tornar imbatível, a negociar melhor ainda.

É mostrar a conversa não foi para dizer que ele é ruim, mas para dizer que ele é bom, mas tem condições de ser melhor ainda, porque sempre podemos ser melhores.

 

 

O feedback M.A.R.C.A. funciona muito efetivamente, pois cria espaço mental para se falar de ajustes, sem gerar emoções desnecessárias.

 

 

Mas e se tudo vai bem, não é necessário feedback?

Muitas chefias só falam com funcionários pra dar bronca, nunca enxergam nada que está indo bem. É muito importante elogiar sempre, porque além do funcionário produzir mais, ficar mais motivados, ter maior elo de confiança, ainda facilita, quando for necessário fazer um feedback negativo. O subordinado não vai dizer: “quando faço bem feito ele não vê”.

 

Dr. Willian E. Mayer fez uma pesquisa com mil prisioneiros de guerra americanos que haviam sido detidos em campos de concentração norte coreanos. Nesses campos a alimentação era adequada e não havia torturas físicas nem cercas de arame farpado. No entanto tiveram o maior índice de mortalidade da história americana. A arma utilizada era negar ao prisioneiros o apoio, proveniente das relações interpessoais.

 

Eram usadas quatro táticas básicas: Delação: Era incentivada e premiada para jogar as pessoas umas contra as outras. Autocrítica: Obrigavam os prisioneiros dizer publicamente ao grupo tudo o que os participantes tinham feito de ruim e o que poderiam ter feito de bom e não fizeram. Isso solapava a harmonia e a confiança entre o grupo. Ruptura da lealdade com os líderes da pátria: Há um exemplo de um grupo de 40 homens que não moverem uma palha quando três de seus companheiros moribundos foram atirados fora de sua cabana para morrer ao relento, por outro americano porque achavam que “não era sua obrigação”. Inviabilidade de qualquer apoio positivo: as cartas que chegavam só eram entregues se tivessem más notícias, morte de parentes, esposas dizendo que iam se casar com outro, etc.

 

Os efeitos foram devastadores, os soldados perderam a razão de viver, perderam a fé em si mesmos, no país, na família e em Deus, ficavam prostrados até morrer. O grupo deu o nome à doença da qual eles morriam de “desistiti”.

 

Essa pesquisa mostra a importância do reforço positivo às pessoas. Quando feitas as criticas, estas devem ser específicas, dirigidas ao comportamento e nunca à pessoa.

 

Ao finalizar vale lembrar que o feedback positivo é importante sempre, inclusive quando as coisas vão bem.

Ele é muito importante, porque aumenta a motivação das pessoas, fortalece o elo de confiança entre elas, o que contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional.

 

 

Sugestão de livros que complementam os textos acima :

14 Williams, Richard L, Preciso saber se estou indo bem. Rio de Janeiro, Sextante, 2005.

15 Peice, Penney, Frequência Vibracional, Tradução Marta Rosas, – 1.ed.- São Paulo: Cultrix,2011

16: Schuman, Kenneth, O Método Michelângeno/ Tradução Clóvis Marques- Rio de Janeiro, Best Seller 2008.

 

1 CHUNG, Tom. Qualidade Começa em mim: manual neuroliguístico de liderança e                                                                     comunicação/Osasco, SP. Novo Século Editora. 2002

2 COVEY, Stephen, R. 1932, Os 7 Hábitos das pessoas altamente Eficazes 26ª edição, Rio de Janeiro, Best Seller, 2006

3COVEY, Stephen, R. 1932, O 8º hábito: Da eficácia à grandeza/; São Paulo Frankley covey, 2005- 6ª reimpressão.

4 ROBBINS, Antony, Desperte o Gigante Interior: como usar o condicionamento neuro associativo para criar mudanças definitivas/ 7ª edição, Rio de Janeiro, 1994

 

5 DI Stéfano Rhandy/ O Líder-Coach: Líderes Criando líderes/ Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005

6 FREIRE, Roberto, Sem Tesão não há solução, 1990- Sol e Chuva SP

7 MACHADO, Luis, 1933- Superinteligência- Rio de Janeiro: Qualitymark 2005, 244p.

 

8 MACHADO, Luis, Princípios de emotologia e emotopedia, Cidade do Cérebro, 1992.

9 MACHADO, Luis, Toda Criança nasce gênio, Cidade do Cérebro, 1992.

10MACHADO, Luis, Descubra e use sua inteligência emocional/ Rio de Janeiro, 1997.

 

11 O´CONNOR, Josep. 1944Manaul de Programação neurolingüística:

12 ONOFRE, Nair Efetividade em treinamento, 1998.

13ONOFRE, Nair, Efetividade na Comunicação, 2000 Editora SETE. Curitiba

14 Onofre, Nair, Desperte o Gigante que Habita em você. 2013 Editora SETE. Curitiba

 

 

13 TRACY Brian, Metas, Tradução de Clóvis Marques 2ª edição Rio de Janeiro: Best Seller 2006.

 

 


CRENÇAS E VALORES

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Tolo é aquele que naufragou seu navio

duas vezes e continua culpando o mar.

Publilus syros

 

 

Crenças são regras pelas quais vivemos. São as generalizações que as pessoas fazem sobre os outros, sobre o mundo e sobre elas mesmas, que se tornam seus princípios operacionais. Agem como se fossem verdadeiras, e para ela o são. As crenças agem como profecias auto realizáveis, como permissão ou empecilho para o que queremos fazer. Se você não acredita que é uma pessoa simpática, isso fará com que você aja de forma desagradável em relação aos outros e assim confirme sua crença, mesmo que não queira que seja verdade.

As pessoas só mudam quando mudam suas crenças.

É comum as pessoas que atuam com grupos querer mudar o comportamento do outro, ninguém muda ninguém, o que se pode fazer é criar um clima para que a própria pessoa se dê conta que a mudança é boa para ela, há então que se trabalhar nas crenças e valores, no modelo mental.

Essa mudança de crença, no entanto, é complexa, porque, o difícil não é aceitar o novo, é desfazer-se do que é velho, é mudar o modelo mental, que é o conjunto de elementos cristalizados formado por nossas crenças. A predisposição à crença é a mais poderosa e complexa força da natureza humana.

 

 

A RELAÇÃO COM O OUTRO

 

A relação de uma pessoa com a outra varia de acordo com suas crenças e valores. Considerando que nem sempre é possível escolher com quem vamos nos relacionar, é interessante conhecer os tipos de feedbacks  adequados, ou seja, que fortaleçam crenças positivas, que ajudam as pessoas desenvolverem seu potencial.

 

Tipos de Feedback

 

O feedback pode ser:

 

Positivo:

É significativo. Diz da atitude, o que foi bem.  A resposta é a elevação da autoestima da pessoa.

 

Corretivo:

Diz respeito a algo que deve ser melhorado. A resposta é a mudança de comportamento.

 

Ofensivo:

É desprezível, ataca a identidade da pessoa e não o comportamento a ser mudado.  A resposta é o desprezo.

 

Insignificante:

Como o feedback não tem significado, a resposta a ele também é insignificante.

As pessoas que respeitam a si mesmas e às outras atuam mais nos dois primeiros tipos.

 

A metáfora do balde de feedback.

A metáfora é uma comunicação indireta através de uma história ou figura de linguagem implicando uma comparação. Implica de forma aberta ou oculta que uma coisa é como outra.

É uma forma de potencializar a aprendizagem. O próprio Cristo pregava metaforicamente através de parábolas.

 

A “metáfora do balde de feedback” utilizada por Richard Willian, em seu livro “Por que tenho medo de dizer quem sou”, mostra a importância do que se diz ao outro e a si próprio. Ela diz o seguinte: Cada  pessoa têm um balde invisível em seu coração. Quando seu  balde está cheio ela tem disposição para buscar o que quer, enfrentar obstáculos acreditar em si, ser feliz. Quando seu balde está vazio, ela sente-se desanimada, sem vontade de lutar, deprimida, tornando-se muitas vezes suicida.

 

Esses furos no balde podem ser feitos pelos outros, se as pessoa permitirem, mas na maioria das vezes, são feitos por elas mesmas, principalmente depois de adultas, quando podem dar à crítica o significado que quiser.

 

O balde se enche quando a pessoa recebe elogio, reconhecimento, e respeito. Ela torna-se mais segura acredita mais em si tem uma maior positividade na imagem.

Os furos ocorrem a cada feedback negativo, ofensivo, vindo do outro ou da própria pessoa, com palavras ou atitudes.

Assim as pessoas podem interferir com feedback tanto em suas vidas como na vida das outras.

 

Como elas vivem em sociedade e estão, a maior parte do tempo, convivendo com outras pessoas, seja no trabalho na família ou na vida social, é importante considerar a relevância do tratamento dado à outra. Aquilo que se diz poderá levá-lo às “nuvens ou ao fundo do poço”, muitas vezes as pessoas sem se darem conta, estrangulam sonhos e criam inseguranças nas pessoas que as rodeiam, dando feedback ofensivo. Vêem apenas suas características negativas mesmo que as positivas sejam evidentes.

 

Muitos pais ao olhar o boletim do filho com várias notas boas e apenas uma “em vermelho” ele comenta apenas esta e acha que faz isso pelo bem do garoto, quando pelo bem dele, deveria dar mais atenção às boas notas, elogiar e comentar sem ênfase no erro a nota “vermelha”. Faria um feedback positivo um corretivo e outro positivo.

Sempre que se dá feedback é interessante fazer o que se chama de feedback “sanduíche” faz um feedback positivo, um corretivo e outro positivo, os dois positivos potencializam a reposta do corretivo que é a mudança de comportamento.

 

Feedback efetivo:

 

Feedback “sanduíche” é um modelo que minimiza a critica e gera melhores resultados, este é o ponto chave, o segredo do bom feedback.

Nele está o feedback positivo e o negativo:

Faz-se um positivo, outro positivo, negativo e outro positivo

 

 

1-O primeiro positivo (elogio) visa diminuir o senso de vergonha, visa também mostrar á pessoa  que o que está sendo criticado não é ela, é uma ação que não funcionou. Ex. “A sua capacidade de venda é espetacular”.

 

2-Segundo positivo:

Ninguém erra de propósito, todos querem acertar, então aqui é importante mostrar que a intenção foi positiva, não é fazer de conta que está tudo bem, é reconhecer a vontade de acertar. Ex. “Eu entendo que você quer o melhor para a sua equipe” ou “Eu entendo que você queria produzir mais”.

 

3-O feedback (construtivo) negativo (a crítica)

Referem-se à situação onde a ação do interlocutor não gerou o resultado esperado, é o que muitos chamam de crítica construtiva. Portanto não é real, esperar que quem recebe fique muito feliz. Isso é fantasia. Para minimizar esse mal estar é fundamental que esse feedback negativo fique entre os positivos, como se fosse um sanduíche. Para isso se usa os elementos do M.A.R.C.A. Momento, ação. Reação, consequência, alternativa.

No próximo texto falaremos sobre o feedback M.A.R.C.A

 

 

 


IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA BUSCA DOS OBJETIVOS:

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É Impossível não comunicar.

As pessoas estão sempre comunicando algo, queira ou não, comunicar bem, no entanto, é conseguir tornar comum, entre elas e seus interlocutores, exatamente aquilo que querem dizer. Brian Tracy diz que “A comunicação mal compreendida e mal transmitida é responsável pelo fracasso de 80% a 90% dos bons técnicos e bons profissionais” por isso se não entender pergunte.

 

 

 

Estudo tem demonstrado que apenas 7% de nossa comunicação são feitas por meio de palavras, 33% está na musicalidade, no tom de voz, no volume, no ritmo da voz e 60% está em nossas expressões e sinais não verbais (palidez, rubor, contração, descontração muscular, movimentos dos olhos, gestos posturas e outros), sejam conscientes ou inconscientes.

 

Comunicar bem, no entanto, não uma questão simples, principalmente, se for considerados os filtros mentais universais, a que comunicação humana está submetida.

 

Segundo Dr. Tom Chung autor do livro “Qualidade Começa em mim,” estes filtros são mecanismos que permitem ou bloqueiam nosso desenvolvimento pessoal, são neutros, porém, dependendo de como forem usados poderão interferir positiva ou negativamente na comunicação São eles.

 

A generalização:

Este filtro propicia a aprendizagem, por exemplo, quem aprende dirigir um carro, pode dirigir qualquer outro. Tem a maravilhosa capacidade de nos propiciar aprender de forma acelerada.

No entanto pode também ser prejudicial, por exemplo, uma mulher tem uma experiência negativa com um homem e passa generalizar, a acreditar que nenhum homem  presta. Outro exemplo e conhecer algumas mulheres que dirigem mal e generalizar que mulher não sabe dirigir. Em ambos os casos, foi generalizada a crítica, porque ninguém conhece todos os homens do mundo e nem todas as mulheres, então não se pode afirmar isso.

 

 

 

A Eliminação:

Quando se narra um fato a alguém não se comenta todos os pequenos detalhes, pois isso tornaria a conversa insuportável, geralmente eliminam–se detalhes e conta apenas os fatos principais. A percepção é seletiva. Para perceber uma coisa a pessoa elimina outras. Por exemplo, em um acidente de trânsito, é comum cada uma das partes ver aspectos diferentes. Concentra-se naquilo que lhe interessa e elimina o resto.

A eliminação é o poder mental que propicia ao ser humano a concentração, e ela é responsável por tudo o que a pessoa realiza ou constrói.  As pessoas dispersivas utilizam pouco esse filtro e ficam perdidas em uma série de estímulos simultâneos, desperdiçando o tempo disponível.

O aspecto negativo deste filtro é eliminar aspectos importantes, por exemplo: a eliminação de dados importantes torna a conversa incompreensível.

Outro exemplo, pessoas que se sentem mal amadas, não se acham dignas de receber carinho, quando isto ocorre, ela elimina, depois diz que ninguém gosta dela, primeiro ela elimina, depois generaliza. Pessoas negativas eliminam o lado bom das coisas.

 

A eliminação ocorre de acordo com as crenças e valores das pessoas.

Quando se faz a eliminação em um diálogo o interlocutor complementa com suas informações de acordo com suas crenças, o que pode gerar distorções que o terceiro filtro. Na análise da realidade a pessoa observa os dados, seleciona alguns e eliminando outros. Criam suposições baseadas nos significados que adicionaram, tiram conclusões baseadas nas suposições e agem com base nas conclusões é o que Hhandy Di Stéfano chama de armadilha reativa.

 

 

 

A distorção:

A distorção da realidade tem como aspecto positivo a criatividade, a imaginação, o sonho, a invenção. Dá o poder de imaginar as coisas antes que elas ocorram. A distorção pode também limitar as pessoas gerando angústia e medo,quando distorce de forma negativa os fatos de sua vida.

Abaixo algumas distorções negativas feitas por especialistas do passado com relação ao mundo em que vivemos hoje.

 

“Mulher sensível e responsável não deseja votar”

Grover Cleveland, 1902

 

“É um sonho patético pensar que… os automóveis irão tomar o lugar das ferrovias nas viagens de longa distância”.

Congresso Americano de Transportes, 1913.

 

“Quem, diabos, vai querer ouvir um ator falar?”

Harry Warner brodhers pictures, 1927

 

“Creio que no mundo exista espaço para apenas uns cinco computadores”

Thomas Watson, presidente da IBM, 1943.

 

“Não há qualquer razão para as pessoas terem um computador em casa”

Ken Olsen, Presidente da Digital Equipment Corporation, 1977.

 

O produto final desta filtragem é o mapa que é tão particular e pessoal que não existem dois iguais. E de uma forma ou de outra eles se diferem dos territórios que representam. Ou seja, vemos as coisas de acordo com nossas crenças.


FORMAS DE VER NOSSOS OBJETIVOS

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Quando se define e emotiza objetivos, isso potencializa nosso desejo de atingi-lo, de fazer o que é necessário para que aquilo que nós queremos aconteça.

É importante acreditar e agir, sem ação nada acontece.

Quando se quer algo na vida, geralmente as pessoas tomam algumas posições, uma que ajudam e outras que atrapalham.

Focar no lado bom, na solução daquilo que se quer, dá força para suportar as coisas ruins e vencer os obstáculos.  Focar nos obstáculos tira energia e impede a pessoa de caminhar. Ficar parado esperando que as coisas aconteçam magicamente, simplesmente porque se quer é ilusório, não leva a lugar nenhum.

Pensando nisso pode se definir três tipos de visão:

 

Visão da Poliana:

 A Poliana não vê o problema, embora ele exista. Há uma distorção da realidade, há uma ressignificação, atribuição de significado diferente, sem respeitar o contexto. Ela elimina os problemas. Exemplo: A pessoa está desempregada, com dificuldades financeiras, mal nos relacionamentos, indisposta, mas acha que está tudo bem, porque afinal a vida é maravilhosa, tudo é lindo, principalmente nas festas de fim ano o filho vai ficar sem presente, mas a vida é assim mesmo. Nesse tipo de visão, não se encara o problema, não age para resolvê-lo. Vive-se em um mundo de “faz de conta”.

 

Visão do pessimista:

Ao contrário da Poliana, ele, só vê o problema. Também distorce a realidade, eliminando as possibilidades.

Exemplo: A pessoa está desempregada é um ótimo vendedor, mas se acha um miserável, o país para ele é uma droga, emprego não existe, o mundo está contra ele o natal vai ser o pior de todos, a família não o compreende, não vai poder sequer dar um presente para o filho, que também não merece, pois é teimoso.

Está desanimado e fica o dia todo em casa de pijama, afinal a vida é uma droga nem vale à pena sair.

 

Visão do otimista:

Vê o problema, vê a solução, e age em busca do que quer, por menor que sejam as possibilidades. Se há uma chance em um milhão então há uma chance ele vai atrás dela.

O otimista elimina e distorce menos a realidade, procura analisar a situação e encontrar saída.

Exemplo: A pessoa está desempregada, com dificuldades financeiras, sabe que é um bom vendedor, foi injusto e bateu no filho, o fim do ano está chegando. Em vez de se martirizar, ou achar que tudo é assim mesmo, Ele analisa os fatos, conversa com o filho, pede desculpa, sai distribuindo currículo nas empresas cria um plano B, para o caso do emprego não surgir, vai trabalhar por dia até de pedreiro, se for necessário, embora nunca tenha feito isso na vida, e o que vai ganhar é muito pouco, mas se essa é a única oportunidade ele a agarra.  Sabe que no natal poderá dar um presente ao filho, mesmo que seja só um passeio no zoológico. Acredita e luta para que as coisas melhorem.


CONTROLE DE ATITUDES

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É sua atitude e não o que você diz

 que expressa o que você é.

Gilberto de Souza

 

O resultado do que a pessoa quer na vida depende de suas atitudes, e estas dependem do estado do SAPE no cérebro dessa pessoa. Então o resultado do que ela quer depende do estado SAPE.

Para que as pessoas possam melhorar sua atitude é necessário prestarem atenção em alguns fatores que influenciam o SAPE ( sistema de auto preservação e preservação da espécie, formado pelo sistema límbico e o sistema endócrino) . São eles:

 

A imagem mental:

Quando tenho uma imagem mental emotizada a tendência é agir de acordo com essa imagem. Se a pessoa se vê como uma vítima da situação a tendência e agir como coitada. As pessoas agem de acordo com a imagem mental que têm de si próprias.

 

Fisiologia:

A postura corporal também manda sinal ao SAPE, quando se está triste a tendência é permanecer cabisbaixo.

Ao levantar a cabeça, olhar para frente, manter a coluna, caminhar firmemente, fazer respiração diafragmática, ajuda a demonstrar a si próprio que as coisas estão bem e isso possibilita melhor análise e escolha das alternativas.

 

Linguagem:

É importante cuidar do que se diz, pois a linguagem as pessoas usam estão relacionadas com as coisas que acreditam, e junto com a fisiologia e a imagem mental pode fazer toda a diferença na busca do que se deseja.  Existem pessoas que tem a crença, que só fica rico quem rouba, vivem repetindo isso, como se acham honestas e não roubam, então não acreditam que possam ficar ricas.  O sistema límbico vai tomar todas as providências para que elas não enriqueçam. Viver reclamando, vendo o lado ruim das coisas, sem fazer nada para melhorar só puxa as pessoas para trás.

 

 

Significado:

Não é o que acontece que nos marca é o que fazemos com o que acontece:

Como já vimos no texto anterior, é importante analisar que significado se está dando aos acontecimentos na vida: aprendizagem ou sofrimento.

 


AS BASES DO COMPORTAMENTO HUMANO

 

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 Experiência não é o que acontece com o homem;

é o que ele faz com aquilo que acontece com ele.

Aldous Huxley

 

O comportamento das pessoas está baseado em:

 

Genes:

Geneticamente, as pessoas têm o potencial, com a demanda ele se manifesta.

Se não houver demanda eles não serão mobilizados. Quando se tem um projeto de vida, mobiliza-se o potencial genético.

 

Experiências:

As pessoas vão adquirindo experiências pela vida afora, através da família,  livros cursos amigos, ambientes, acontecimentos, circunstâncias e isso ajuda no que ela se tornará no futuro, daí a responsabilidade dos pais, instrutores e outras pessoas que lidam com público criar situações para que ele vivencie boas experiências.

 

Condicionamento:

De acordo com as experiências as pessoas vão se condicionando a fazer ou deixar de fazer algumas coisas, se a experiência é boa ela quer repetir, porque lhe dá prazer, se ruim  quer fugir porque lhe causa dor.  Agem sempre para buscar o prazer ou para fugir da dor. Afinal o que todo mundo deseja é se sentir bem.

 

O significado dado aos acontecimentos:

Você não acredita no que vê,

você vê aquilo que acredita.

Brian Tracy

 

Não é possível controlar tudo o que acontece, mas é possível dar-lhe um bom significado.

Certa vez, um pai estelionatário, alcoólatra e violento, tinha dois filhos, eram gêmeos, depois de adultos, um se transformou em milionário, outro em bandido. Um pesquisador do comportamento humano resolveu entrevistar os rapazes para compreender porque ambos eram tão diferentes. A resposta dada pelos dois foi a mesma: “Com um pai daquele, eu não poderia ser diferente do que sou.”.

 

O milionário aproveitou a experiência, assumiu a responsabilidade, para fazer tudo diferente, optou por não ser igual ao pai, enquanto o outro colocou a culpa no pai, não assumindo a responsabilidade de seus atos Apesar de criticar o pai, transformou-se em uma pessoa igual. Cada um deu um significado ao fato.

 

Os acontecimentos não tem significado por si só, o significado é atribuído pelas pessoas de acordo com suas experiências, crenças e valores. Sempre há uma escolha, porque não escolher, também é uma escolha.

 

Não estamos dizendo aqui que  possível  evitar a dor, ela faz parte da vida, a proposta é utilizá-la com o significado de aprendizagem e não de sofrimento.  A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.


EFEITOS DA EMOTOLOGIA

 

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Os efeitos da emotologia são:

 

Efeito hawtorne:

Tem esse nome em função de pesquisa em uma fábrica americana, que comprovou que a emotização pela auto-imagem positiva leva pessoas a se sentirem melhor e a produzirem mais.

Pessoas que recebem consideração têm suas idéias acatadas, tem melhor auto-imagem, e conseqüentemente trabalham mais satisfeitas.

Nessa mesma experiência aumento de salário, melhoria do ambiente não conseguiram manter elevada a produtividade, o que só ocorreu com a melhoria da auto-imagem provocada por consideração e respeito às pessoas.

 

 

Efeito pigmaleão:

Na mitologia grega Pigmaleão foi um rei de Chipre que era também escultor, criou uma imagem tão bela, Galatéia, que se apaixonou por ela. Vênus, a deusa do amor, vendo a paixão de pigmaleão, deu vida à estátua para que Pigmaleão se casasse com ela.

As pessoas tendem a emitir o comportamento que se espera delas, o que se obtém com a comunicação emotizada.

Não bastam termos objetivos, é necessário que nos apaixonarmos por eles, pois a paixão potencializa a chance de alcançá-los.

 

Efeito bola de neve:

É a conseqüência em cadeia. Quando conseguimos atingir um objetivo, nos entusiasmamos, nos sentimos bem, acreditamos que é possível atingir outros, ficamos cada vez mais envolvidos na direção do que queremos. Por isso é importante traçar grandes objetivos, porém com etapas intermediárias, cada etapa atingida nos da força para o próximo passo na direção do objetivo maior.

 

Efeito placebo:

Em medicina indica uma substância inócua, e quando o doente acredita no médico, no efeito da substância, (água, farinha, etc.) que ela julga ser remédio tem os sintomas minimizados ou desaparecidos.

A crença faz com que o resultado aconteça.

Existe também o efeito Nocebo, que é usado para o mal, por exemplo, dizer a uma pessoa que ela está com aspecto de doente, que ela pode estar com uma doença grave, ao acreditar piamente nisso, pode aparecer os sintomas.

Por Nair Onofre:

Fonte:

Livro:  Princípios de Emotologia e Emotopedia

Professor Luiz Machado


LEIS DA EMOTOLOGIA

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“O fracasso é apenas uma oportunidade

 de começar de novo de maneira mais inteligente”

Henry Ford

 

 

Lei da distensão:

A idéia que tende a se realizar é aquela na qual a atenção espontânea se concentra. A imagem mental tem que se formar naturalmente sem nenhum esforço. É um estado psicológico em que todos os sentidos ficam em repouso.

 

Lei da emotização auxiliar:

Quanto mais uma forte emotização acompanha uma idéia, uma representação mental, mais ela tende a se realizar e a mobilizar capacidades para acontecer. Essa lei é tão importante, que muita gente vê dentro dela outra lei, a lei da atração.

 

Lei da emotização dominante:

A emotização mais forte tem o poder de sobrepujar a mais fraca.

Se a imagem do que a pessoa deseja for mais forte que a imagem dos obstáculos as possibilidades de realização serão maiores.

 

 

Lei teleológica do sistema límbico:

O nosso cérebro age por finalidade, “teleo” significa meta, fim, então se a pessoa tiver clara a sua meta, o sape vai conduzi-la na direção dessa meta. O objetivo emotizado mobiliza os recursos para atingi-lo.

 

Lei do exemplo:

Uma pessoa que emotiza o que diz, o que faz, contagia outras pessoas, o exemplo ativa o sistema límbico. Muitas não gostamos de algumas atitudes de nossos pais, mas agimos exatamente igual, isso dá a dimensão do quão poderoso é o exemplo.

 

Lei do exercício:

A comunicação com o sistema límbico é facilitada pelo exercício.

Quanto mais repetirmos uma atividade mais fácil ela se torna e se transforma em um hábito. Primeiro você faz o hábito, depois o hábito faz você.

 

Lei do esforço convertido:

Essa lei explica porque o pensamento positivo pode não funcionar.

Quando a pessoa quer muito algo e faz um esforço, fica tensa e embora queira muito tal coisa, ela passa ao sistema límbico a representação mental do obstáculo levando o cérebro a regimentar recursos para que esse obstáculo se torne realidade.

Por Nair Onofre:

Fonte:

Livro:  Princípios de Emotologia e Emotopedia

Professor Luiz Machado


HARMONIA ENTRE CORPO E MENTE:

 

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Vimos que o primeiro passo para a emotização é a definição do objetivo, agora vamos aos outros dois passos que são: Harmonia entre corpo e mente e representação mental.

Quando mais a tensão espontânea se concentrar sobre algo mais esse algo tende a se realizar com mais facilidade.  É a lei da distensão. Quer dizer o contrário da tensão.

Quando a pessoa está tensa ela tem a ideia de esforço, esforço traz o quadro mental do obstáculo, e pode acontecer o efeito convertido. Ela pensa positivo, faz o quadro mental negativo e entre o pensamento e a imaginação, a imaginação ganha. É por isso que só o pensamento positivo pode não funcionar.

Estar em estado de distensão é fundamental para o processo de emotização.

O cérebro trabalha muito melhor quando estamos relaxados, em estado de vigília processamos 40 bits de informação em alfa processamos 10.000, daí a importância do relaxamento.  Por isso um pouco antes de dormir é um bom horário para fazer emotizações.

 

REPRESENTAÇÃO MENTAL

É fazer o quadro mental do objetivo, de forma que a imagem do que se quer e se funda com o ser de quem imagina, sem verbalização, coloca-se nele a mesma emoção, alegria e fervor como se já tivesse realizado. Isso poderá ser feito todos os dias por três vezes durante cinco minutos.

Relaxa-se colocando atenção na respiração e sentindo a sensação de ter objetivo atingido, como se já o tivesse.

 

Resultado da emotização:

Definido e emotizado o objetivo o SAPE entende que você acredita na sua capacidade atingir objetivos; que você assume a responsabilidade pelos resultados. Cria uma auto-imagem positiva demonstrando que você acredita no seu próprio valor e que tem importância para si mesmo. Entende que e que você tem razões para viver e que ele deve gerar a energia necessária para atingir o objetivo definido.

Fátima Abate, em seu curso “Quantum Evolution Coaching” dá uma fórmula denominada “forma da materialização de desejos”, Consiste em: Pensar no que se deseja, Sentir; Visualizar como se já tivesse acontecido; Falar a respeito e Agir.  Segundo Fátima, se faltar uma das etapas o desejo não se materializa.

Penso que a fórmula faz todo o sentido, quando pensamos nelas, estamos focando nosso objetivo, quando sentimos e imaginamos, estamos emotizando, quando contamos a alguém, estamos buscando a colaboração e quando agimos, estamos indo na direção do que queremos.

Quando falarmos de nosso objetivo a alguém, essa pessoa deve ser da mais absoluta confiança, se não as tiver, diga apenas a si mesmo, pois, pode ser prejudicial sair contando a qualquer um, essa pessoa pode não acreditar e muitas vezes mesmo  sem querer acaba nos atrapalhando, com interferência negativa através de comentários ou ações.

 

Por Nair Onofre

Fonte:

Livro: Princípios de Emotologia e Emotopedia

Professor Luiz Machado