MOTIVAÇÃO E EMOTIZAÇÃO
“Aquilo que você é contribui mais para a
sua felicidade do que aquilo que você tem.
Arthur Schopenhawer”
A emotização vai além da motivação. Com o estudo da motivação se quer saber quais os fatores que levam a pessoa a agir. Já a emotização é um processo pelo qual nós vamos mobilizar voluntariamente reservas cerebrais. Diz o prof. Luiz Machado, que não se trata de motivação porque não se cogita apenas de estabelecer os fatores que determinam a conduta, mas sim de mobilizar reservas cerebrais. É claro que essa mobilização ao levar a autorealização é um alto fator de motivação.
Emotizar é criar entusiasmo em torno do que se quer fazer é transformar o objetivo em imagens mentais, em representações mentais. Nosso organismo é uma “usina” perfeita movida por hormônios. Hormônio é uma palavra que vem do grego e significa incitar por em ação. Então o segredo está em gerar os hormônios que nos incitam a fazer o que queremos.
Se uma pessoa pensar nas coisas boas ou ruins que lhe aconteceram e reviver mentalmente aqueles momentos, os hormônios que entrarão em sua corrente sanguínea são os mesmos daquela situação, ou seja, a pessoa revive, porque o cérebro não distingue o que real do que é imaginado, talvez seja por isso que se diz que recordar e viver. Assim, o ideal e fazer os quadros mentais apenas das coisas boas que nos aconteceram, aprender com as coisas ruins, mas não fazer quadros mentais que as represente.
Quando se emotiza se grava nas células, é por isso que se diz isso me marcou, quer dizer ficou gravado profundamente. Daí a importância de fazer quadros mentais de eventos futuros que se deseja, colocar neles todo entusiasmo, fervor, sentir a sensação de ter conseguido, sem nenhuma dúvida ou vacilação. Isso é emotização.
Viktor Frankl, médico psiquiatra judeu austríaco, era um jovem quando estourou a segunda guerra mundial. Foi preso e confinado no campo de concentração em Auschwitz, foi torturado, era tratado como um ninguém, um nada, mas ele ficava imaginando as palestras incríveis que ele faria, ficava imaginando como sairia de lá íntegro e os discursos que faria nas universidades. Via-se fazendo palestras e contando experiências e começou sentir –se melhor
Dr. Franklin sobreviveu ao campo de concentração e escreveu em uma de suas obras: “A lição que se tira de Auschwitz é que o homem é um ser em busca de um significado. Se existe alguma coisa que possa preservá-lo, mesmo nas mais extremas situações, é a consciência de que a vida tem um sentido, embora nem sempre imediato. ”.
É assim que alcançamos algo grandioso, fazendo a imagem deste algo e realizando em “pedacinhos”, com metas anuais, mensais, semanais, diárias e até horárias, sempre na direção da meta maior, que no momento até parece inalcançável. Não se superestimar o que se pode fazer em um ano, assim como não se pode subestimar o que se pode fazer em dez.
Afinal quando se dirige um carro apesar de se ter certeza do destino, só se vê alguns metros à frente